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Acromegalia: o que é a doença rara

A acromegalia é uma doença crônica rara, com maior incidência na população dentre 30 a 50 anos, e que pode levar de oito a dez anos para ser diagnosticada, contados do surgimento dos primeiros sintomas.

Esse atraso na identificação correta da doença, caracterizada principalmente pelo aumento excessivo de mãos, pés, orelhas, lábios, língua, nariz e outras extremidades e áreas do corpo, favorece o desenvolvimento de complicações cardiovasculares e respiratórias, hipertensão arterial, diabetes, degeneração articular e outras condições graves, resultando em um índice elevado de mortalidade.

Acromegalia: Sintomas

Com o objetivo de favorecer o diagnóstico em tempo oportuno e, por consequência, o tratamento adequado dos pacientes, é importante reforçar os principais sinais e sintomas da acromegalia. Embora rara, com uma incidência anual de 3 a 4 casos/milhão de habitantes na Europa, estima-se que a acromegalia afete, em torno, de 650 brasileiros por ano.

O crescimento exagerado no corpo se dá por conta da produção excessiva dos hormônios do crescimento, e isso ocorre na grande maioria dos casos, cerca de 98%, por conta de tumores benignos que se desenvolvem na hipófise, chamados de adenomas hipofisários secretores do hormônio de crescimento (GH).

Nas crianças ou adolescentes, em quem ainda não houve fechamento das cartilagens, essa condição resulta no gigantismo, quando a estatura atinge um tamanho anormal. Porém nos jovens e adultos, além de mãos, pés e outros pontos com aumento excessivo de tamanho, a acromegalia também causa várias outras alterações que afetam todo o organismo, como a protusão frontal, síndrome do túnel do carpo, dores nas articulações e outros sintomas.

Acromegalia: Diagnóstico

O diagnóstico da doença se baseia na realização de uma avaliação clínica. Na presença das manifestações mais comuns, o médico deve solicitar exames laboratoriais para dosagem de hormônios e glicose mais exames de imagem, que verificam a presença do adenoma hipofisário.

Confirmado o diagnóstico, a primeira opção de tratamento é a cirurgia para retirada do tumor. Aplicada na grande maioria dos casos, a cirurgia não só normaliza a produção dos hormônios como contribui para o controle dos sintomas que essa metabolização em excesso causa.

E para os casos em que a cirurgia não surte os efeitos desejados, há ainda a opção de radioterapia. Ela também é uma alternativa para os pacientes sem condições de passarem pelo procedimento cirúrgico, ou com lesões de localização irressecável e resistentes ao tratamento medicamentoso.

O acompanhamento do paciente deve ser mais frequente no início do tratamento, para avaliar a resposta do paciente, e contínuo, pois há a possibilidade de recidiva da doença. Estudos recentes indicam que os pacientes com acromegalia têm uma taxa de mortalidade quase duas vezes maior do que a população em geral. O rápido diagnóstico e o encaminhamento ao tratamento adequado favorecem o prognóstico, aumentando as chances de reverter totalmente as manifestações da doença, e contribuem diretamente na redução dos altos níveis de mortalidade.

Saiba mais sobre a acromegalia aqui.

Fontes: Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

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